domingo, 25 de abril de 2010

MENAS - O certo do errado. O errado do certo.

MENAS
O certo do errado. O errado do certo.





De acordo com a norma culta do português brasileiro, “menas” é palavra imprópria, inadequada, incorreta. Entretanto, a palavra está nas ruas e na fala de muitos brasileiros. Adquiriu tamanha notoriedade que foi, agora, alçada à categoria de título de exposição no Museu da Língua Portuguesa. MENAS defende a ideia de que há mais maneiras de analisar a linguagem do que a velha dicotomia do certo ou errado. Queremos mostrar que a linguagem é uma das mais intrigantes habilidades humanas e que essa habilidade está sempre submetida a avaliações e julgamentos.

Decidimos expor os visitantes a um conjunto das mais diversas situações linguísticas, convidando-os a tirar suas próprias conclusões. Entre brincadeiras, reflexões, frases de todo tipo e arte literária, MENAS propõe uma discussão que desafia nossas certezas, diluindo parte das fronteiras entre o culto e o popular. Aproveite então para experimentar uma nova percepção do português brasileiro. MENAS é mais.

Até o dia 27 de junho, quem vier ao Museu da Língua Portuguesa poderá visitar a mostra temporária “Menas: o certo do errado, o errado do certo”. Esta é a sexta exposição a ocupar o espaço das exposições temporárias, e reforça o papel do museu como importante espaço educador e difusor da língua portuguesa.

O próprio título da exposição é uma provocação. Mesmo sabendo que “menos” é um advérbio, portanto, invariável, quantas vezes já não ouvimos a “concordância” com o gênero feminino por pessoas das mais diferentes classes e idades. Para os curadores da exposição, os professores Ataliba T. de Castilho e Eduardo Calbucci, Menas está na fronteira entre tudo o que não vale e o vale-tudo. E essa provocação é a proposta da exposição que ocupa cerca de 450 m2 do Museu da Língua Portuguesa com sete instalações para enumerar nossos “erros” linguísticos mais comuns, entender por que saímos do padrão culto e discutir a amplitude e a criatividade da língua.

A ideia da exposição partiu do próprio secretário de Cultura do Estado de São Paulo, João Sayad.

Esta mostra pretende aproximar ainda mais o museu de seu grande público, já que trata de questões presentes no nosso dia a dia. A exposição, além de muito interativa e divertida, mostra aos visitantes a existência e pertinência dos vários padrões de linguagem que devem, ou deveriam, ser dominados por todos, criando verdadeiros usuários poliglotas de uma só língua, no caso a portuguesa.

Mais uma vez o museu aposta em uma escrita expositiva moderna e dinâmica, usando tecnologia como ferramenta para ampliação do conhecimento.

Mais uma vez o museu,com esta exposição, pretende aguçar a curiosidade de seus visitantes.Pretende,de maneira lúdica e cheia de prazer ,fazer com que os seus visitantes entendam melhor os mecanismos de nossa língua e possam,assim, usá-la de maneira mais apropriada, de acordo com o momento e o espaço.

A exposição conta com cenografia de Vasco Caldeira e com dois curadores que sabem muito bem do que estão falando: Ataliba T. de Castilho e Eduardo Calbucci. A combinação entre o conhecimento e a capacidade de comunicação foi a dose certa para um conteúdo que diverte sem perder a consistência. O professor Ataliba é uma das principais autoridades do Brasil quando o assunto é língua portuguesa. Atualmente aposentado, foi Professor Titular de Filologia e Língua Portuguesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo até 2007. Na sua bagagem acadêmica, constam 24 livros publicados e 60 publicações em revistas especializadas.

Já Eduardo Calbucci é Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo pela ECA-USP, mestre e doutor em Linguística pela FFLCH-USP. É coautor do material de Português (Gramática, Texto, Redação e Literatura) e Sociologia do Sistema Anglo de Ensino, professor do Anglo Vestibulares em São Paulo desde 1994 e membro do corpo editorial da Editora Anglo. Tem também vasta experiência como professor de Português no Ensino Médio. Publicou, em 1999, pela Ateliê Editorial, Saramago: um roteiro para os romances, obra que está em segunda edição. Seu novo livro, A Enunciação em Machado de Assis, a ser publicado pela Nankin e pela Edusp, está em fase final de edição.

Créditos:
http://www.poiesis.org.br/mlp/expo/menas/index.html
http://www.menas.com.br/
http://www.youtube.com/user/revistanovaescola

Um comentário:

Jackie Freitas disse...

Oi meu amigo!
Muito legal esse post e interessante a exposição. Acho que tudo vale a pena em nome da cultura.
Agora, menas...é de doer...rs...ouço com muita freqüência e confesso que me dá dor não só nos ouvidos...
Grande beijo,
Jackie