sexta-feira, 7 de maio de 2010

Quanto você se parece com sua mãe?

Quanto você se parece com sua mãe?

Aprenda uma técnica para reduzir problemas de relacionamento

por Regina Restelli


Relações mães e filhos, tantas vezes tão amorosas e tantas outras tão delicadas... Se você tem algum tipo de problema no relacionamento com sua mãe, se ela tem o poder de lhe irritar, adora mexer no seu ponto fraco, você nunca está certo e é culpado por tudo, leia este texto. Conheça uma possível solução para este problema que muitas vezes levamos para nossas terapias e, mesmo assim, temos a impressão que sempre tem mais um ponto a ser trabalhado.

Enquanto vamos crescendo, nos agarramos a algumas conclusões em relação aos acontecimentos de nossas vidas. Quando uma mãe, por exemplo, reclama insistentemente e fala ao filho "Acho que só abrindo sua cabeça para você entender!", não significa que ela vai realmente abrir a cabeça da criança, mas muitas, podem registrar em seus inconscientes o perigo que é expor suas vontades - e assim criar um limitador de comportamento. Este padrão de medo pode se repetir em vários momentos na vida adulta.

O que vivenciamos quando crianças vai sendo gravado em nosso inconsciente e formando as nossas verdades absolutas. Nossas porque não tem nada a ver com nossas mães, pais ou professoras como costumamos dizer, mas sim com as conclusões das nossas fantasias mentais em relação ao que vemos, ouvimos e experimentamos.

Causa e efeito das escolhas

Quantas vezes escutamos: "Não faça isso, não é bom para você"? Muitos escolherão viver o supostamente errado e outros aceitarão a orientação. Vai depender só da própria escolha. Quantos irmãos foram criados pelos mesmos pais, estudaram nas mesmas escolas e são muitas vezes muito diferentes?

Podemos optar em fazer a rebelião e não repetir o comportamento de nossos educadores, mas geralmente aceitamos o que nos é oferecido. Cada mente reage, aceita e cria o que quer, do jeito que quer. As mães fazem o que podem e os filhos idem.

Já esta na hora de assumirmos que criamos conclusões e programações internas. No decorrer da vida usamos como regra o padrão e definimos o que necessitamos para sermos felizes. Na maior parte das vezes, de uma forma bem inconsciente. Não somos vitimas de ninguém, somos causa e efeito de nossas escolhas. Esse tipo de pensamento nos fortalece, pois concluímos que ainda temos o livre arbítrio de escolher o que viver.

Com esta conclusão, gostaria de ressaltar que quando vemos nossas situações de vida como algo de nossa responsabilidade, chegamos mais perto das soluções e da felicidade. Chega de colocar a culpa no outro! Não perca mais tempo acusando ninguém.

Amor e perdão

Já pensou estar vendo o seu próprio reflexo no espelho, quando está com a sua mãe? Se reconhecer nas ações dessa mulher que lhe colocou no mundo, pode se tornar, em primeiro lugar, um grande instrumento de autoconhecimento. Em segundo, de autocura através do amor. E em terceiro de transformação da ralação com ela.

Existe uma técnica que pode ajudar muito. Amar a si mesmo. Só isso. Se reconhecer, se perdoar e se aceitar no fundo de seu coração. Parece bem simples e por esta razão tão complexo num primeiro momento. O resultado é que, se amar é a melhor forma de melhorar a si mesmo. E enquanto você se melhora, melhora seu mundo.

Tudo que lhe irrita está em você, não na sua mãe. Sei que é difícil escutar isso. Mas não rejeite, experimente ver desta forma. Reconheça em você o aspecto da sua mãe que lhe irrita, como prepotência, falta de limite, arrogância, manipulação, medo e muitos outros. Assim feito, se perdoe por ter e agir com esta característica e se aceite completamente. Você não é diferente de ninguém, é simplesmente mais um humano único. Todos temos nossas fragilidades e é só assumindo a totalidade de nossa personalidade que podemos agir com mais consciência em nosso futuro.

Repita mentalmente:"Sinto muito. Te amo." Muitas e muitas vezes, com humildade, até sentir que realmente se perdoou, aceitou e começou a se amar. Faça isso quantas vezes quiser ou achar necessário.

Você só reconhece este comportamento no outro porque ele está em você, de outra forma ele não existiria na sua vida. Se houver o reconhecimento e a aceitação com amor, tudo se desfará, transformará, transmutará. Você cria consciência, muda seu padrão de comportamento e sua mãe começa a agir de forma diferente. Isso serve para as mães fazerem com seus filhos também.

Não existe fora. Toda hora que desejar melhorar algo em sua vida, lembre-se que só existe um lugar onde procurar ajuda ? dentro de você. E quando olhar, faça isso com muito amor.


"O que vivenciamos quando crianças vai sendo gravado em nosso inconsciente e formando as nossas verdades absolutas."


Créditos: http://www.personare.com.br/revista/casa-e-familia/materia/544/quanto-voce-se-parece-com-sua-mae

Um comentário:

Jackie Freitas disse...

Olá meu amigo! Excelente matéria, como sempre!
Bom, até escrevi outro dia: "nossos filhos acabam sendo a melhor vingança de nossos pais, pois fazem com a gente o que fazíamos!"
Hoje, tenho me questionado muito sobre meu comportamento para com eles. Vejo, muitas vezes que sou com eles o que a minha mãe fora comigo. Não é ruim por um lado, porém, tudo o que eu não concordava nela, vejo latente em mim. Como diz bem a matéria, vamos registrando isso ao longo de nossas vidas, não é?
Grande abraço!
Jackie