sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Brasil serve de inspiração para os EUA, diz especialista

O Brasil serve de inspiração para os EUA, diz especialista

Para o cientista político David Fleischer, americano naturalizado no Brasil, regulação brasileira é exemplo que ajuda os EUA na recuperação pós-crise

Cacau Araújo, de EXAME.com
04/06/2010 | 11:42

Robyn Beck/AFP

Criação de novas vagas de trabalho bate recorde nos EUA, mas especialista diz que taxa de desemprego ainda é preocupante

Brasília - Em maio, foram criadas 431 mil novas vagas de emprego nos Estados Unidos, os dados são do Departamento de Trabalho norte-americano. Segundo o relatório apresentado nesta sexta-feira (4), o governo foi o grande empregador, absorvendo 411 mil trabalhadores. O número é o maior registrado nos últimos dez anos.

Para o cientista político David Fleischer - americano naturalizado no Brasil - o resultado foi impulsionado por uma revisão nos parâmetros de regulação americanos. "Antes, os bancos eram autorregulados, o que ajudou estourar a crise. Agora, o governo americano tem adotado medidas de regulação", compara o professor da Universidade de Brasília (UnB).

Fleischer defendeu o Brasil como exemplo para os EUA. "O Banco Central brasileiro ainda deixa a desejar, mas não permite que os bancos privados façam o que bem entendem. Isso ajudou o país a se equilibrar durante as turbulências. Esse tipo de iniciativa foi inspiração para os EUA", avaliou.

A taxa de desemprego caiu de 9,9% em abril para 9,7% em maio. Mas o professor alerta que o valor ainda é preocupante. Segundo ele, a cada mês existe uma fila maior de gente à procura de uma vaga de trabalho e que os EUA precisam de um crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) muito maior do que o atual para atender a esta demanda. "Desde 2008 o PIB americano é negativo, só voltou a ser positivo este ano. Há muito a se fazer ainda para melhorar estes números".

De acordo com Fleischer, os dados apresentados pelo Departamento de Trabalho norte-americano têm dupla interpretação. "Quem está do lado de Obama, vai olhar para o recorde na criação de empregos, já os republicanos podem reclamar das altas taxas de desemprego", disse ele.

Crise na Europa

Apesar de catalisador da crise global, os EUA estão atingindo uma recuperação mais rápida do que a dos países da União Europeia. David Fleischer explica que isto ocorre por que os EUA, sendo uma federação única, conseguem concentrar esforços para sair da turbulência.

"A Europa foi contaminada pela crise americana, mas lá há um envolvimento muito maior do Estado na economia, por isso, os déficits públicos são muito altos", explica Fleischer. Segundo ele, o setor privado nos EUA tem conseguido, aos poucos, recuperar a economia norte-americana. "Já na Europa, quem paga o pato é o povo europeu", concluiu. Fleischer não acredita que os problemas da UE possam atingir o Brasil, já que "o país depende mesmo é de China e Estados Unidos".

Créditos: http://portalexame.abril.com.br/economia/noticias/mundo/brasil-serve-inspiracao-eua-diz-professor-566606.html?page=1


3 comentários:

Maíra Perrout disse...

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Joselito disse...

Depois de tantos planos, recall de bancos, o Brasil realmente sabe fazer a lição de casa.

Valdemar Engroff disse...

Buens noites Otávio. Como está o frio pos lados do Sul do Rio grande do Sul?

Por aqui tá de renguiar cusco....

Baita abraço

Baita blog.

Valdemar Engroff - o gaúcho taura